quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Habitual

Não sei onde me encaixo
Na orgia desse carnaval
Na arrogância chique de um sarau
Na noite cinza em pleno pré-natal

Não sei como me movo
No dia-a-dia desse lamaçal
No álcool seco e forte do canavial
No tropeçar noturno, bêbado habitual

Não há como atravessar esse mar de ilusões
Não há como atravessar esse mar
Não há como atravessar
Não há como
Não há

                                                                 Rafael Freitas


2 comentários:

  1. Não há! Não há certezas. Não há porquês! Não há nada! e, o que mais impreciona, é que tudo faz sentido. Será nosso poder de racionalização?...pode ser....

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