O prazer também habita a solidão
E as lágrimas ao permitirem-se existir
Permitem o despertar de novos sonhos
O brotar de novas flores na imensidão do quarto.
Transformo minha alma em pano roto
Despir-se é um ato de coragem
E a nudez possibilita ensaios, poses
Sensualidade à flor da pele, arrepios
A volta da pureza em um corpo vão.
Transformo minha paixão em alegoria
Enfeites nos permitem iluminar os olhos
Ver um mundo novo além da janela aberta
Colorir a avenida com vermelho sangue
E sangrar aos risos e chorar em festa.
Transformo meu coração em cacos
Pedaços de espelho que refletem a mim mesmo
Pedaços de vida ainda não vivida
Pedaços do que poderia ter sido e não foi
Um mosaico que teima em enfeitar meu peito.
Rafael Freitas
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