“Eu vi uma bruxa, com uma faca na
mão, passando manteiga no pão...”
Eu não vi uma bruxa. Vi seu
sorriso lindo e toda sua verdade, sua emoção, talvez sua herança, minha vida.
As histórias nos pegaram. As
histórias nos uniram. As histórias nos fascinam.
A mim e a você e a quem as ouve.
Que o consumismo não consiga se
impor a este coração tão belo, a estes olhos meio meus e meio orientais.
Hoje vejo o quanto o tempo passa
e o quanto a vida se faz história presente.
O passado não fica mais distante
quando se tem um filho, um grande amor sem explicação.
Pra mim, no mais claro chavão,
parece que foi ontem.
Foi ontem que fui surpreendido
com o seu nascimento repentino, seu choro esporádico, seu cheiro que só eu pude
gravar para sempre.
Faz cinco anos. 30 de abril de 2009.
Fico emocionado ao pensar em tudo
que passamos neste curto período tão longo, tão cheio de narrativas, tão cheio
de surpresas.
Fiquei muito feliz. Fiquei muito
triste.
Você sempre ali, com suas
cócegas, seu abraço, seu “te amo, pai”, dito rapidinho para não atrapalhar o
desenho animado.
Somos Transformers da vida real,
sem revisão na internet. Não temos bula, nem manual de instruções.
Vamos nos descobrindo e, mesmo em
erro, tentando respeitar nossos espaços, nossas vontades.
Não tenho muito para deixar aqui.
Você é quase que toda minha herança para a humanidade, que carece de corações e
mentes como a sua.
Não tenho grande fortuna, nem
lembrancinhas em E.V.A., nem presentes caros, nem nada.
Mas tenho minhas histórias. Tenho
as histórias que construimos juntos.
Temos muitas histórias a
construir.
Somos sujeito e predicado
inseparáveis. Encontro sem hiato.
Este é meu presente: deixo você
escrever seu próprio poema da vida.
Serei seu maior leitor e, quando
necessário, um corretor ortográfico.
Cheio de críticas sempre, mas com
muito amor para dar.
Parabéns meu Pequeno Ramone.
“I believe in miracles!”
Rafael Freitas
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