Não ando só. Provei da solidão por tempos, senti o frio da
casa enorme, dos dias silenciosos, novembros eternos.
Acendi
velas, rezei, pedi. Busquei em mim o que sempre esteve ali e nunca foi notado.
Enxerguei a mim mesmo em seus olhos. Olhos vivos, espertos, de vidro. Olhos
meus, do oriente, atentos ao enorme castelo, atentos à pequena formiga.
Amassamos
barro juntos, abraçamos um ao outro.
Devia
ter ouvido mais seus olhares, seus sorrisos. Por não ouvir, agora tento
corrigir meus erros e o que não tem mais remédio luto para aprender a conviver.
A vida
é esta batalha que vemos e vivemos todos os dias. Eu sei. Você sabe.
Meu
presente e minha obrigação de não desistir moram em você. Moram em nosso amor,
moram em nossos olhares, segredos e silêncios.
Você é
generoso, abriga o mundo em seu coração. Agora abriga o irmão não consultado.
Sempre prevendo o futuro, a diferença da idade com o passar dos anos, as
possibilidades de diversão, do riso vivo.
Agora e
sempre vocês são minha família. Você e seu irmão, que um dia, quem sabe, se
acerta e se ajeita ao nosso jeito, à nossa maneira de encarar a vida.
Já se
foi mais um ano. O mundo cresceu. Você cresceu. Nossa família cresceu.
Meu
amor sempre cresce.
Let’s go.
Hey, ho!
Rafael Freitas
Estava ansiosa pela sexta carta. Parabéns Théo! <3
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