Exposto ao
gosto do tempo
Ao pó, à
fumaça, ao vento
Aos
olhares, anseios, lamentos
Deixei meu
coração bem à mostra
Para que
não restassem mais dúvidas
Nem
preciso fosse intervenção cirúrgica
Pra se ver
em meu peito o amor
Sentimento
tão nobre, tão belo
De sabor
agridoce, suculento
Necessário
ao mais vil purulento
Que vegeta
só em seu desalento
Essa
dependência estranha
Que em meu
coração ainda existe
Entre a
dor e o amor que resiste
Não me
faz encontrar solução
Cubro o
órgão vital com sal grosso
Carne seca, tenra e sem osso
E em
farofa saciar minha amada
Com
pimenta na hora do almoço
Sei que
vai lamber todo prato
Prato
estranho e ainda sem nome
Feito
gente que sabe e que sente
O amor
também morre de fome.
Rafael Freitas
Espetacular! Você está cada dia mais inspirado!
ResponderExcluirahhhhh seu eu te pego, coraçãozinho gostoso!
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