quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Você sempre está

Sentir-me só, como eu queria!
Sentir saudade, lembrar seu cheiro
Ver seus cabelos pelo chão
E poder imaginar que estiveram em você.
Como eu queria ver seus brincos
Esquecidos na cabeceira, desolados
Encontrar rimel e batom perdidos
Junto aos sabonetes e remédios.
Ver pratos sujos sobre a pia
E lembrar do lanche, do filme
Da bebida e das noites mal dormidas
Que as festas e o calor nos trazem.
Como eu queria falar a seu respeito
Como eu queria tê-la em pensamentos
Como eu queria querer sua presença
Mas você nunca é. Sempre está.


                                           Rafael Freitas