Meu coração vai na frente
Ofegante, infante, sem respiração
Um coração que hesita
Mas exulta e exalta toda a criação
Meu coração passageiro
Que vagueia sem rumo à procura de chão
Que ecoa em um peito vazio
Com espaço pro novo e sua incursão
Meu coração não tem cura
Em sua epopeia é seu próprio vilão
Se destrói, se automutila
Em seguida adoece em busca do perdão
Rafael Freitas