segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Pedro

Sempre fui um espectador assíduo dos filmes do Jason.
Sexta-feira 13, em seus inúmeros volumes, sempre me disse alguma coisa sobre os seres humanos em sua forma hedonista de vida, sua maneira animal de conviver.
Nesses filmes trash de terror, quase sempre, as vítimas tem um lado obscuro, uma maldade que as leva ao fim trágico esperado por quem assiste.
Ainda pré adolescente, entrei escondido, ou achei que estivesse assim, no cinema para assistir Jason vai para o Inferno. Foi uma aventura que me rendeu belos dias de insônia e pesadelos.
Mas não vou falar da Hora do Pesadelo. Esse é outro filme.
Foi justamente numa sexta-feira 13, há dois anos atrás, que você surgiu em minha vida.
No dia de um dos meus personagens favoritos.
Estou um pouco atrasado. Daqui poucos minutos já não é mais dia 13 e hoje não é sexta-feira.
Sempre me atraso. Vivo correndo a esmo, à procura de não sei o que.
Encontramos-nos num acaso. O acaso nos ensina muita coisa.
As pessoas são diferentes. Muito.
Os filhos são diferentes. Os dedos da mão e do pé também.
Você, em sua estréia numa sexta-feira 13, é meu personagem favorito.
Não somos coadjuvantes.
Nosso filme não é um terror.
Nossa entrada, mesmo escondida, nesse cinema, não nos trará pesadelos.
Temos e teremos sempre boas histórias, belos sorrisos, boas lembranças.
Acima de tudo, um lindo e imenso agora.
O amor não permite ensaios. Vamos viver.
Feliz aniversário, meu pequeno cantor arteiro.
Somos, nós três, um presente que a vida nos deu.
Amo você.

God save the Queen!


                                         Rafael Freitas