quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Não tem cura

Meu coração vai na frente

Ofegante, infante, sem respiração

Um coração que hesita

Mas exulta e exalta toda a criação


Meu coração passageiro

Que vagueia sem rumo à procura de chão

Que ecoa em um peito vazio

Com espaço pro novo e sua incursão


Meu coração não tem cura

Em sua epopeia é seu próprio vilão

Se destrói, se automutila

Em seguida adoece em busca do perdão



Rafael Freitas

quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Centelha de luz

 A imbecilidade invadiu a cidade

Com a facilidade do espaço vazio


De verde e amarelo, cantando um poema

Que não era pra cena, um desvario


O verdadeiro imbecil é resistente

Doente, demente, de curto pavio


Mas, ainda tardia, por felicidade

Na mesma cidade, uma estrela se viu


Seguindo seu rumo, furando bloqueios

Em seus devaneios de um novo Brasil


A nossa bandeira não será vermelha

Centelha de luz em um mundo sombrio


                                                                       Rafael Freitas