segunda-feira, 16 de julho de 2012

Seu olhar


Seu olhar me entristece
Sinto em meus ossos moles
O frio dessas pupilas claras
O vento forte dessa alma vaga
O medo desse seu sorriso vão
Sua voz doce me amargura
Sinto em meu peito oco
O vibrar de toda essa sonoridade
O estilhaçar de sua tempestade
O esvaziar tranquilo de seus pulmões
Sua presença me incomoda
Sinto nesse meu pequeno mundo
Seu corpo grande me reduzindo o espaço
Seu respirar de verdadeiro inchaço
Sua aura negra sempre em expansão
Suas asas me encobrem o sol
Sinto mofar a minha pele seca
Por esse clima denso de floresta
Por na tristeza sempre querer festa
Por eu querer que vá embora ou não!

                                                          Rafael Freitas



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