terça-feira, 16 de dezembro de 2014

O poeta

O poeta é um desalmado
Quase sempre desarmado
Sem chance, sem defesa
Solidão em pó lhe cobre a mesa
Cobre-lhe a alma a lama
Embaça os olhos, apaga a chama
Apaga o sol, fecha o horizonte
Escurece então, intolerante
E sofre só
Somente sofre.




Rafael Freitas


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