quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Ventos do outono

A contradição dos fins de tarde
É o horizonte não dizer nada
É não se ver os mesmos olhos
Que há pouco tempo eram só meus

A eterna esperança vaga
Da mudança repentina
De um dia sermos algo
Mesmo sem nunca sermos um

Quero ser em seu horizonte
O fim de tarde amarelo
Silencioso, quente e triste
Uma tristeza leve, infinita

Como os ventos do outono

                                                 Rafael Freitas




Um comentário:

  1. Que porra é essa?
    Quanto mais tenho certeza que se foi, passou, acabou...
    Meu coração começa a chamar você!

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