sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Pedro. Pedrada.

Corpo cansado. Mente cansada.
“O sofrimento não tem forças pra ferir um corpo cansado.”
Não tem.
Estou tirando forças nem sei de onde, nem sei por quê. É como se um vácuo ocupasse esse vão entre coluna e costelas. Um vazio.
Como num Expresso da Meia Noite, a luz além da fronteira, o correr para a liberdade, talvez se encontre em seu sorriso e em suas meias palavras arrastadas.
Tenho a certeza de que não sou o melhor do mundo em presença, em companhia, em algo mais. Nunca quis ser o melhor do mundo em nada. Nada.
Talvez a vida nos prepare surpresas irritantes, nos apresente a teimosia das crianças, nos coloque em armadilhas sociais, nos enterre até o pescoço em meio ao tédio para nos mostrar o quanto é bom estar tranqüilo, o quanto é bom amar.
Eu amo você. Amo vocês. Os dois.
Você que sempre estréia: nasce em nome de filme e faz aniversário no carnaval.
Você que adora música (Música) e quer o “virolão” só pra você.
Menino arteiro, artista, teimoso, destemido.
Menino do meu cabelo, da minha cara, do meu temperamento.
Menino difícil, de riso fácil, de cantoria.
Menino que bate, que apanha, que chora, que grita, que rola: no barro, no chão, na lua, na grama, na rua...
Esse menino é o meu menino.
Estou antecipado. Não se comemora aniversário antes da hora!
Não é comemoração. É só uma declaração de amor.
Parabéns meu filho que amo tanto do meu jeito. Esse jeito de não sei.
Pedro. Pedra. Pedrada. Na cara. Vê se acorda, né pai!
Seja feliz e saudável. Apenas seja. Ser já é uma vitória difícil nesses dias temerosos do “que tiro foi esse?”, das reformas, da pro forma.
“São tempos difíceis para os sonhadores.”
Continuaremos sonhando acordados. Eu e você. Você e nós.

How many ways to get what you want
I use the best I use the rest
I use the enemy I use anarchy 'cos I


I wanna be anarchy!
The only way to be

                                                         Rafael Freitas




Um comentário: