Parecia o fim dos tempos.
O fim do mundo em poucas linhas:
ADEUS.
Parecia um mar aberto, sem encostas.
Sem praia, farol ou andorinhas.
Tudo parecia ser a mesma coisa.
As coisas eram como se não existissem.
DOR.
A dor do luto, da perda inevitável.
O peso do piano nas costas de uma formiga.
Parecia que o ar sufocava.
As pernas não suportavam o peso do corpo enfermo.
FIM.
Parecia um final irresoluto.
Ao mesmo tempo bem resolvido.
Um paradoxo frio e calculista.
Tudo parecia escuro e denso.
Tudo.
PARECIA.
Parecia tudo ser o que não era.
Não era.
Toda lágrima caída.
Toda palavra não dita.
Tudo que era para ser e não foi.
Estava à espera.
CAOS.
Toda confusão mental era um indício.
Um caminho feito a pés sem pele.
Um riso de sangue e abandono.
Era algo que não parecia.
ERA O AMOR PROCURANDO O SEU LUGAR.
Rafael Freitas
Lindo
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