sábado, 25 de setembro de 2010

Tempo

Não sou nenhum grande poeta mas às vezes me arrisco.
Segue uma poesia um pouco antiga. Em breve postarei um novo conto que acredito transparecer um pouco mais de amadurecimento da minha parte frente à literatura.

Grande abraço.


Tempo

Ampulheta serve para dividir o tempo em dois
O passado O presente
O que foi O que está sendo
E a gente fica Vendo o tempo passar
E o tempo vai Passando sem enroscar
No meio De nossa vida
E no meio Da ampulheta
Escorre Escorre
Escoa Escoa
E cai...
Cai
A bolsa
de valores
Junto a nossos valores
Vão chegando rugas,
dentadura, calvície ou cabelos brancos
Vão se passando os anos, os meses, os dias, as horas,
quinquênios, biênios e milênios e a gente esperando
Esperando...ganhar dinheiro, trocar de carro, ser o primeiro, ganhar no jogo,
Um bom emprego, um carro novo, ter mais sossego, tudo de novo...
E espera tanto, tanto...que acaba se esquecendo de ser feliz.

Rafael Freitas

Um comentário:

  1. E ainda diz que prefere ler poesia a escrever. Um poema desses! Sentimentos profundos, reflexão, pessimismo. Que seja eterno o tempo dos poetas e da sua poesia.

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