quinta-feira, 30 de abril de 2020

A força


Há onze anos espero essa véspera de primeiro de maio.
Dia do trabalho.
Em seu início, essa comemoração tinha o nome de Dia do Trabalhador.
Deve ser porque, em tempos remotos, a vida talvez tivesse mais valor que o mercado.
Talvez fosse um tempo em que o trabalho era nobre e não um desespero atrás do pão.
Pão que está em falta.
Pão que vem aos poucos e com muito sofrimento nesses dias sombrios.
Tem alguns dias que não o vejo.
O mundo está doente e quer contaminar todos com suas tristezas.
Penso todos os dias na sua liberdade que está restrita, na sua bicicleta empoeirada, nos abraços que estou devendo.
Nesse momento em que pastores guiam seus rebanhos ao precipício do medo, em que somos representados pelo velho ódio que se travestiu de novo amor, em que a vida humana ecoa em “e daí?”, precisamos, cada vez mais e mais urgente, da luz das estrelas, da paz, de você.
Esse sorriso que me consola e me energiza.
Esse cheiro de filho, de luta, de não desistir.
Essa força que carrega com paciência.
A energia ancestral das ocassans, batians e ditians.
A sabedoria das Isauras, Litas, Cidas, Noilas e Karinas.
O amor do avô e do pai.
Você carrega em si todo sentimento do mundo e está pronto para o bom combate.
Parabéns, meu filho.
Meu eterno menino que sempre caberá em meus braços.
Amo você. Muito.
“Cresça, independente do que aconteça.
Eu não quero que você esqueça que eu gosto muito de você”.

May the force be with you.

Rafael Freitas


3 comentários:

  1. Que lindo!!! Viva esse menino lindo e muito sortudo por ter esse pai maravilhoso...

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  2. Feliz 11 anos, Théo!!! (O tempo voa)!
    Você é mais que especial!

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  3. Adorei ler sobre a ancestralidade! Mais uma história muito bonita.

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