Procuro-te ao meu lado
Assustado
Tua ausência eu constato.
A mim, não me resta outra saída
A não ser em meus pensamentos manter-te viva
Resgatar-te em minha mente
E amar-te com deleite.
E assim. Na imaginação
Teu corpo materializo
E como que em um fenômeno metafísico
A ele vou-me unindo.
Ao senti-lo junto ao meu
Um turbilhão invade minh’alma
E com veemência entrego-me a ti
Em uma mistura de excitação e calma.
E no ápice dessa união
Desfazes-te por entre minhas mãos
E ainda entorpecido
Recolho-me à solidão.
Renato Duran
Não consegui achar melhor imagem pro texto do Renato: "O grito" de Edvard Munch.
É difícil saber a imagem que passa pela cabeça do autor quando este termina um ttexto. A primeira imagem que me veio à mente foi "O Grito" de Edvard Munch. Não sei se foi do agrado do autor, aliás meu amigo Renato. Mas o texto me soa desesperador, pessoa em pânico enquanto o outro ser se esvai. Esse esvair-se me remeteu ao fundo da imagem... parece o mundo esvair-se e o ser somente grita...no silêncio magistral da imagem, mas grita...apela.
ResponderExcluirÓtima poesia. Eis que surge mais um poeta, que vive como um poeta e pensa como um poeta.
Já virei fã e recomendo a todos que livrem-se das amrras do antigo. Essa é a nossa nova literatura.
Renato Duran é o cara!